Como deixar sua marca mais fácil de ser lembrada

Entenda como neuromarketing é uma ferramenta poderosa para ampliar lembrança de marca usando atenção, emoção e clareza.

Mariana Belchior

9/1/20254 min read

Quando um anúncio ativa atenção, emoção e codificação de memória ao mesmo tempo, a chance da marca ser lembrada cresce muito.

Pesquisas recentes da Nielsen mostram que, em canais emergentes como podcasts, influenciadores e conteúdo de marca, a lembrança de marca é o principal motor de impacto na percepção e no comportamento do público, respondendo por 38,7% desse efeito.

Mais que isso. Em formatos como podcast, conteúdo de marca e influência, a lembrança auxiliada média após exposição fica acima de 70%. Ou seja, quando a mensagem acerta os circuitos neurais certos, o nome da marca aparece com mais facilidade quando o consumidor é perguntado.

Engajamento neural é o conjunto de respostas do cérebro e do corpo a um estímulo de marca. Na prática, medimos com técnicas como Eletroencefalograma (EEG), rastreamento ocular, leitura facial e outros sinais biométricos para entender, segundo a segundo, onde o público presta atenção, como sente e o que grava na memória. A própria Nielsen destaca que avaliar atenção, emoção e memória em tempo real é decisivo para prever a eficácia criativa.

Essa abordagem não é só acadêmica. Um levantamento apontou que anúncios com desempenho acima da média em testes de neurociência geraram aumento de 23% nas vendas. Quando a peça emociona e é bem codificada na memória, o caixa da empresa responde.

Engajamento neural

O que dizem os números sobre lembrança e engajamento neural

Estudos compilados por fontes de mercado indicam que anúncios com alta pontuação de engajamento neural entregam cerca de 27% mais lembrança de marca em comparação com criativos medianos. É um salto que explica por que cada vez mais marcas testam o impacto emocional e a codificação de memória de seus filmes, peças e páginas antes de escalar a mídia.

Do lado do investimento, o mercado de neuromarketing deve praticamente dobrar até 2032, chegando a cerca de US$ 3,52 bilhões, impulsionado por EEG, rastreamento ocular, leitura facial e soluções de emoção por inteligência artificial. Crescimento consistente, na casa de 9% ao ano, confirma que entender o cérebro do consumidor virou prioridade estratégica.

Uma campanha da Vodafone mostrou como os picos de envolvimento emocional aumentavam sempre que a marca era citada no roteiro. O resultado foi um desempenho superior ao padrão do banco de dados da empresa, reforçando que inserir a marca nos momentos de maior ativação neural eleva a associação e a lembrança.

Como planejar o engajamento neural na prática

1 . Comece pelos três pilares: atenção, emoção e memória

Roteirize cenas que capturem atenção nos primeiros segundos, despertem emoção coerente com o posicionamento e repitam sinais que favoreçam a codificação de memória. Marcas mencionadas ou mostradas nos picos de envolvimento tendem marcar mais.

2. Teste criativos com métodos objetivos

Antes de escalar mídia, avalie versões com EEG, eye tracking e leitura facial. Busque mapas de calor de atenção, curvas de valência emocional e indicadores de codificação de memória. Além de aumentar lembrança, criativos bem avaliados por neurociência têm histórico de impulsionar vendas.

3. Posicione a marca nos momentos de pico

Distribua logotipo, som de marca ou assinatura verbal nos trechos com maior ativação. O objetivo é reforçar associação sem atrapalhar a narrativa. O estudo de caso da Vodafone ilustra esse ganho ao sincronizar exibições de marca com trechos emocionalmente fortes.

4. Ajuste por canal e formato

Cada lugar onde seu conteúdo aparece pede um jeito próprio de contar a história. Não existe peça “coringa” que funcione igual em todo canto. É muito importante que tenha atenção no ajuste ritmo, duração e forma de mostrar a marca de acordo com o lugar onde o público vai consumir o conteúdo.

Guia prático de execução

  • Planeje a abertura para prender atenção de imediato e crie um “pico emocional” no meio, onde a marca aparece com clareza.

  • Use símbolos fáceis de reconhecer, cores proprietárias e um som de assinatura para facilitar a codificação de memória.

  • Em vídeo curto, mantenha cortes ágeis, variação de planos e trilha que acompanhe a curva emocional do roteiro.

  • Em podcasts, aposte na voz do apresentador e na repetição natural do nome da marca, alavancando os bons índices de lembrança do formato.

  • Adote o componente emocional como métrica além de cliques ou visualizações

Lembrança de marca é ativada com muita estratégia. Planejar cada segundo da experiência para acionar atenção, emocionar com propósito e fixar a marca no momento certo.

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